Varazim Teatro a sua Companhia Certa

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A Delfina

Imagem principal do artigo A Delfina

Este espetáculo estreou em: 5 de Fevereiro de 2005


TEXTO INÉDITO EM PORTUGAL

de Susana Poujol

encenação Eduardo Faria

pelo Varazim Teatro

Num tempo em que as relações entre as pessoas são cada vez mais superficiais e desprovidas de ética e de respeito, pelo que o outro, diferente de nós representa. Num tempo em que as relações entre as pessoas são cada vez mais descartáveis, efémeras e fúteis. Num tempo de crise para os valores ditos humanos e em que estes se encontram cada vez mais deturpados. Num tempo em que muito se fala de liberdade,mas aonde rareia a coragem de se ser Livre com Verdade. Num tempo em que a Amizade tende a deixar de ser um sentimento para ser um contracto. Num tempo onde o Amor é cada vez mais um sentimento arcaico. O Varazim Teatro apresenta “A Delfina”. *

O Varazim Teatro alerta para o facto deste espectáculo ser interdito a menores de 12 anos e não aconselhável a menores de 16 anos.

Ficha Técnica

 texto Susana Poujol

encenação Eduardo faria

tradução Joana Soares

produção Varazim Teatro

elenco por ordem de entrada em cena

Norberta Calvento: Joana Soares

Ana: Eduarda Cadeco

A Delfina: Joana de Sousa

Marcos: Pedro Pinto de Carvalho

interprete tema inicial: Neusa Fangueiro

vozes off: Eduardo Faria, Rui Leitão, Walter Martins

coreografia: Eduardo Faria

cenário: Eduardo Faria e Joana Soares

figurinos: Joana Soares

desenho de luz: Eduardo Faria

selecção musical: Eduardo Faria

sonoplastia: Ricardo Alves

design gráfico: Joana Soares

fotagrafia: José Carlos Marques

operação técnica: Guilherme Novo

execução cenário: Bau

confecção de Guarda Roupa: Conceição Marinho Pereira

contra-regra: Walter Martins

apoio bastidores:  Gui Cadeco, Zita Silva

*


Sinopse:

Um Homem, Pancho Ramirez. Uma lenda, um lutador, duas paixões. Não está fisicamente presente, mas sente-se a sua presença em cada momento da história. Duas Mulheres, a mesma paixão. Uma, A Delfina. Sorvendo cada momento da vida com a mesma liberdade com que nascera, sem rédeas nem amarras, sem regras e por limite só o prazer. Outra, Norberta Calvento. Presa à vida e na vida pelas regras que herdara juntamente com o código genético, mais as amarras impostas pelo sangue. O encontro. Um encontro que durou 18 anos. No início, o ódio, a fúria, a raiva e a vontade de matar. Mas um encontro de 18 anos entre duas mulheres de carácter forte e para quem a dignidade é um dos valores intransponíveis, acaba por fazer emergir em ambas todos os valores que só alguns Seres Humanos conservam e preservam. Assim, com a mesma dignidade com que a noite dá lugar ao dia: o ódio dá lugar ao amor, a fúria à ternura, a raiva à protecção e a vontade de matar à cumplicidade... O local, a casa de Norberta Calvento, uma casa nobre e austera onde para além de Norberta habitam Marcos Calvento, seu irmão mais novo e Ana, a criada. O primeiro, criado por Norberta, um jovem imaturo, de ambição desmedida, que julga pela sua posição social, todos poder usar e subjugar, com o objectivo de ele próprio se poder tornar num líder e num homem respeitado. O seu único obstáculo, a verticalidade de sua irmã. Ana, a criada nascida na casa. Crescendo com Marcos, cresceu nela também um amor por este. Amor esse que a impediu de ver que do outro lado havia apenas a vontade de a usar. Um filho é o reflexo de tal ligação. No entanto esse filho era também o alimento do sonho de Ana, o sonho de um dia poder ser assumida por Marcos e com este finalmente ter direito à sua própria família. Ao entrar nesta casa não encontraremos apenas as personagens, mas juntamente com elas todas as suas memórias, os seus pensamentos, as suas paixões, as suas desilusões, os seus sonhos, enfim, as suas vidas e até quem sabe as suas mortes... e no cruzamento de todas estas emoções encontra-se a nossa história.

*

Sobre o Espectáculo:

Espectáculo a partir do texto da Autora Argentina Susana Poujol, que relata uma história de paixões, passada na Argentina, na primeira metade do séc. XIX.

Na sua encenação o Varazim Teatro procurou ir mais além do que a contextualização histórica e geográfica, realçando toda a componente poética da história assim como as relações vividas entre as várias personagens.

O resultado é de um espectáculo de grande beleza plástica e de uma grande sensualidade, estas duas componentes levam-nos a dizer que esta XXIX produção do Varazim Teatro é um espectáculo quente e que vai fazer os espectadores viverem sensações fortes e variadas ao longo de cerca de hora e meia, que é a sua duração.


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