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Entre eles dois

Imagem principal do artigo Entre eles dois

2 de Dezembro de 2023 | 21h30 | Cine-Teatro Garrett, Póvoa de Varzim

Sessão com Interpretação em Língua Gestual Portuguesa

pela Escola de Mulheres
Texto Catherine Verlaguet
Encenação Marta Lapa

Classificação: M/16
Duração: 60 Minutos


Sinopse:

Uma noite. Um Rapaz e uma Rapariga.
Um espaço fechado, a incongruência das suas histórias e a sua verbalização, fazem deste encontro um momento decisivo da vida destes dois adolescentes.

Dando continuidade ao nosso projeto de divulgação de dramaturgia de autoria feminina, apresentaremos em estreia absoluta em Portugal a autora francesa Catherine Verlaguet e a sua peça ENTRE ELES DOIS, um espetáculo para dois jovens atores. Duas adolescências fortemente conturbadas pelo desamor e pelas disfunções familiares são a metáfora da dificuldade de viver.

Como vem sendo hábito nas criações de Marta Lapa, afastamo-nos de uma encenação naturalista, mantendo o rigor do texto e das personagens. Nesta criação a música original de Pedro Moura é um elemento fundamental na dramaturgia, reforçando ou distanciando os momentos dramáticos e transformando esta peça num espetáculo Pop / Rock / O que quiserem.

Ficha artística e técnica:

Texto: Catherine Verlaguet
Tradução: Françoise Ariel
Encenação e espaço cénico: Marta Lapa
Intérpretes e cocriadores: Hugo Nicholson e Sofia Fialho
Música original: Pedro Moura
Desenho de luz: Paulo Santos
Figurinos: Vitor Alves da Silva
Operação técnica: Sofia Costa (luz) e Vitor Santos (som)
Grafismo, direção de produção e comunicação: Ruy Malheiro
Produção executiva: Telma Grova e Inês Matos
Direção artística da Escola de Mulheres: Marta Lapa e Ruy Malheiro
71ª produção Escola de Mulheres

Sobre a Escola de Mulheres:

A ESCOLA de MULHERES -OFICINA DE TEATRO, cujo nome foi beber inspiração à peça de Molière “L’école des femmes”, foi criada em 1995 em Lisboa por Fernanda Lapa, Cucha Carvalheiro, Isabel Medina, Marta Lapa, Cristina Carvalhal, Aida Soutullo e Conceição Cabrita.

Um conjunto de mulheres de gerações diferentes e experiências diversas e reconhecidas mas com o sentimento comum do papel de subalternidade a que a mulher foi sendo reduzida no Teatro português, quer na condução dos processos criativos, na política de repertórios ou no relacionamento com os poderes instituídos, bem como, de um modo geral, nas tarefas que envolvam poder de decisão.

Pretendeu-se, desde sempre, privilegiar a criação e o trabalho feminino no Teatro e promover e divulgar uma nova dramaturgia de temática e escrita femininas, quer nacional, quer estrangeira, na medida em que o repertório habitualmente representado nos nossos palcos não refletia o papel que nas últimas décadas a Mulher tem vindo a desempenhar, assim como as novas contradições que daí advêm, vinculando quase sempre pontos de vista masculinos sobre as mulheres e reproduzindo universos tipicamente masculinos.

A 8 de Março de 1995 a ESCOLA de MULHERES apresentou publicamente o seu manifesto por ocasião de um espetáculo a partir de textos de autoras portuguesas e que decorreu na Sociedade Portuguesa de Autores.

FERNANDA LAPA (1943-2020) diretora artística da companhia ao lado de MARTA LAPA, até à sua morte, foi um elemento basilar, desde a fundação da companhia, na idealização, concretização e afirmação de uma linha artística de qualidade, assente no Manifesto da Escola de Mulheres (1995) que visou sempre enaltecer o trabalho das mulheres nas artes, em geral e no teatro em particular (autoras; encenadoras; atrizes; dramaturgas; tradutoras; técnicas; produtoras; etc), para além de ter sempre feito refletir nas suas produções problemáticas transversais a toda a sociedade como as questões de género, da desigualdade social, entre outras.

Seria expectável que passados 28 anos, todas essas questões levantadas pelo grupo de mulheres que fundou a Escola de Mulheres, estivessem menos presentes no panorama das artes e da sociedade em Portugal, por já não serem necessárias, contudo elas mantêm-se e são ainda mote de continuidade e afirmação.

A direção artística da Escola de Mulheres, desde setembro de 2020 é assumida por MARTA LAPA e RUY MALHEIRO.

Em todos os projetos a equipa é complementada com muitos outros profissionais de diferenças áreas artísticas e técnicas – interpretação, encenação, cenografia, figurinos desenho de luz, produção, equipas de montagem…


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