Laboratório de Teatro Físico com Lionel Ménard [Fr-Al]
A Companhia Certa promove um laboratório intensivo de Teatro Físico, orientado por Lionel Ménard (discípulo de Marcel Marceau), a decorrer em Maio na Póvoa de Varzim.
Para intérpretes de artes performativas (teatro, dança, circo)
Sem quaisquer restrições físicas, de género, nacionalidade, etnia ou outras.
Datas: De 20 a 24 de Maio 2024
Local: Espaço d’Mente da Varazim Teatro [Rua da Fortaleza, 20 - 4490-511 Póvoa de Varzim]
Horário: Das 10h às 13h e das 15h às 18h [Carga horária: 30h]
Este Laboratório tem custo de 150€ para os participantes.
Lionel Ménard orientará o laboratório com o que considera serem as premissas base para o trabalho de um intérprete: “O que gera movimento em um performer, como guiar, nutrir e aprimorar um artista na execução de sua performance. Como habitar o próprio corpo ao longo de uma performance, além da técnica ou das instruções de um diretor.
Para continuar a aceitar o convite para jogar, para jogar pelo que está em jogo, olhar novamente e encontrar prazer novamente para que as regras não causem natimortos.
Fazer sentir a sua presença, para além da preparação mental que cria a atenção plena em todos: o artista assemelha-se a um atleta de alto nível que sai para a pista, consciente de que isso é inútil, mas que é toda a sua vida."
A participação é sujeita a inscrição enviando um email para companhiacertavt@gmail.com com nome, data de nascimento, contactos (telefone e email) e Biografia ou CV
A idade mínima é de 18 anos.
*Neste laboratório poderá ser selecionado parte do elenco da próxima criação da Companhia com encenação de Lionel Ménard [Será factor preferencial para a seleção intérpretes menores de 25 anos] (os selecionados serão reembolsados do valor de inscrição)
Biografia Lionel Ménard
Nasce a 21 de Abril de 1968, os primeiros espetáculos foram feitos nos cadernos escolares, sem palavras, sem música, apenas imagens que eram desenhadas para separar os ditados dos cálculos. Chamava-se colorir as margens. Foi o recreio, a janela entre os 26 erros no ditado e as correções a vermelho dos cálculos. 54 anos depois tem a sensação de ter feito disso o seu trabalho.
Em 1987 Lionel decide acabar com os “one night stand”. Descobre Marcel Marceau e passa 10 anos a colaborar com a sua companhia. No contexto da preparação de um guião de cinema, ouve Alexandro Jodorowsky e depois de uma boa refeição torna-se o instrutor do actor Ticky Holgado. Depois de várias audições, consegue finalmente entrar para a companhia de Philippe Genty. E apostando num disco de música contemporânea, traz o Quarteto Arditi para o palco.
Passa uma semana com Michael Jackson e Marcel Marceau a preparar “My Childhood” para a HBO. Escreve um pequeno roteiro para Philippe Glass no Carnegie Hall. Claude Lelouch oferece-lhe o papel de Jesus e trabalhou como coreógrafo para Jean Paul Goude e Lea Seydoux. A partir das Gymnopédies (três composições para piano escritas pelo francês Erik Satie, publicadas a partir de 1888) cria “Bonjour Monsieur Satie” na Konzerthaus de Berlim, além de encenar Bodecker & Neander.
Manipula um pássaro para François Morel e tenta pôr François a dançar. Dirige Le Snark com Scott Kohler no Festival de Sydney, Out of the blue com a Companhia Bodecker Neander no Festival de Valência na Venezuela. Conhece Bartek Ostapczuk em Dresden, que é um prelúdio para vários trabalhos na Polónia. Encenou "ma mère l'oye" de Maurice Ravel na forma de um grande mimodrama com a Philharmonie du Luxembourg.
Encena Lucilin United em concertos de música contemporânea e cria “A Flauta Mágica” com o quarteto Zaide. A Portugal chega com “Une Histoire Vrai” com a Ajagato, e na formação que ministrou no ínicio deste trabalho, conhece Eduardo Faria e desenha-se a possibilidade de dirigir a Companhia Certa.
No mesmo ano cria o “Circo Concerto” na Philharmonie du Luxembourg, “Ensemble c'est tout” com o ensemble Louise Farrenc na Áustria. e ainda "Mendelssohn" com a Orquestra de Câmara de Leipzig.
Estes encontros fazem Lionel viajar pelos 4 cantos do mundo. Mas aquilo de que mais se orgulha, só foi apresentado uma vez e não atravessou 4 paredes: a encenação de “La volière” no centro penitenciário de Frênes para reclusos de longa duração.
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